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DANÇA DE RODA

de ARTHUR SCHNITZLER

m/16 anos

Espectáculos
26,27,28 de Novembro
3,4,5, e 9,10,11 de Dezembro
às 22h, no Villa Community, na Travessa dos Congregados, nº 64
(viela atrás da Casa da Sorte)

Bilheteira
Reservas: 931608454
(das 10h às 18h)
Bilhete normal 6E
Estudante 4E


Dramaturgia
A dramaturgia circular da peça é um símbolo da peregrinação eterna à procura da felicidade e também um símbolo do espanto da mecânica de um corpo com alma. Schnitzler mostra sempre o homem na procura. Os medos das dez personagens (da prostituta ao Conde) estão sempre presentes, o medo do escuro, o medo dos outros, o medo de estar a ser vigiado, o medo de comprometer-se, o medo da despedida, o medo da permanência. Depois do “momento” há a fuga, o desengano, porque a presença desejada torna-se, de um momento para o outro, insuportável. Schnitzler tenta desenhar o campo conflitual da atracção e da repulsa erótica, da ligação e do abandono, do desejo e do fastio sem usar a descrição dramática normal para torná-lo transparente nos modos habituais. Inaudita é a exposição do sistema geral e muito habitual da procura recíproca do desejo vagabundo para a satisfação da líbido por sobre todas as fronteiras feitas dos valores tradicionais e das classes sociais. A pergunta filosófica “o que é o amor?” está sempre presente, e a resposta, que percorre todas as cenas mas nunca formulada, é a tristeza de que a promessa criada pelo amor existe antes como esperança e não por natureza. O horrível na Dança de roda está nos gestos do desejo, nas transformações bruscas, na desconstrução das personagens antes muito bem desenhadas. Estas estão na voragem da avidez dos corpos – da escuridão os participantes voltam diferentes, muitas vezes como fugitivos do outro, para a luz. Mas o bonito na Dança de roda é a graciosidade, a simpatia dos indivíduos, a comicidade das atrapalhações deles, a conservação da humanidade gentil, tanto na inflamação provocada pelo desejo, como na lucidez que se lhe segue.

Ficha artística
Tradução: Sara Harriett da Assunçao de Sá Jones
Versão cénica: Elisabeth Schuster e Vintena Vadia
Encenação: Elisabeth Schuster
Cenografia: Al Justo
Desenho de Luz: Rui Azevedo
Música: Pedro Junqueira Maia
Produção: Vintena Vadia

Intérpretes:
Artur Silva
Carla Guedes
Cristina Freitas
Eduardo Teixeira
Giancarlo Pace
Luísa Barbosa
Maria José Gonçalves
Paula Dias
Rui Pena
Virgínia Silva